MUITO TRABALHO EM ST. MAARTEN

 

A nossa idéia era parar em uma marina para fazer reparos e instalações de novos equipamentos no Andante, já que desde Salvador não paramos em uma.

O Fernando fez a festa nas lojas de equipamentos para barcos… Budget Marine, Island Water World e Electec… seguuura esse comandante! Bons preços e muuuuita variedade.

Pronto! O Andante virou oficina de novo… tudo fora do lugar e eu tentando colocar em ordem… e o Fer trabalhando.

Primeira tarefa, troca de todos os filtros, óleo do motor e revisão do sistema de alimentação.

E é claro, uma paradinha para uma cervejinha, afinal faz calor nesta terra. Ah… foi resolvido o dreno da caixa de âncora, aquele que deixava entrar água salgada no barco. Bem, agora acho que acabou nosso problema com água nos porões… aff, já era hora! Também foi trocado o registro do tanque de água doce da proa e acrescentado um respiro.

O Fer trocou o sistema de gás…

Agora temos um novo botijão de fibra e registro com mostrador… ehehehe, tá ficando bom!

Mas dá uma olhadinha na bagunça… na verdade, barco é assim, como temos espaços otimizados, sempre que precisamos de arrumar algo, temos que desarrumar alguma coisa, o quarto, a sala, a cozinha, o cockpit… não é mole não. Pra arrumar… tem que desarrumar!

A noite, todos cansados… nada de sair, fiz um macarrão alho e óleo, o Fer preparou uma tábua de frios e chamamos os amigos…

… pra tomar um vinho, comer uns queijinhos e depois uma massa italiana básica.

foi gostoso… reunião com amigos em casa! Precisávamos poupar energia… tinha muito mais pra ser feito!

No outro dia, geral no leme, trocamos os cabos por novos… o Fer fez tudinho! Isso é que Capitão!

A nossa escadinha de acesso à cabine, estava horrorosa, cheia de manchas… o Fer encontrou um marcineiro na marina e pediu que ele desse uma geral… passamos o final de semana sem escada no Andante e quando o cara entregou, estava uma verdadeira m… Conclusão! O Fer discutiu com o marcineiro em “inglês”… e disse que ele mesmo faria muito melhor! E fez…

Olha ai… compramos uma lixadeira e material para trabalhar em madeira… o Fer deu um talento na escadinha, foram vários dias entre lixar e dar as demãos de verniz… mais um tempão sem escada para acessar a cabine… vixi maria!

… mas ficou um serviço profissa… ele quase chamou o marcineiro invocadinho pra ver o trabalho pronto, como deveria ter sido feito da primeira vez… mas deixa pra lá! Aprendizado pra nós…

Enquanto isso, eu ficou nas arrumações, instrumentista de plantão e cozinhando para os trabalhadores da vez. Ah… no dia dos namorados aqui, que foi 14/02 “Valentine’s Day”… olha o que eu ganhei de presente do Fer… uma “Água Perrie”… ahahahahah… amei, show de bola!

Agora vem a mais importante aquisição do Andante, um dessalinizador, um WaterMaker, uhuuuuuuu! Esse equipamento faz água do mar se transformar em água doce, potável… boa pra tomar banho e beber! É demais! Agora sim…

O Fer, com a ajuda do Marcão e do Daniel, fez a instalação. O técnico cobra U$85/h para instalar e nos disse que levaria 2 dias, com 6 horas por dia… putz, uma grana! O cara é super profissional, foi até o barco e nos explicou toda a instalação…

Depois de tudo pronto, chamamos o cara, ele veio verificar se estava tudo certo e nos ensinar como usar o aparelho mágico!

Instalamos o dessalinizador em partes separadas, a bomba no armário do banheiro, o filtro debaixo da mesa de navegação, a membrana no paiol do sofá de bombordo e o painel de controle na parte externa do sofá.

O Fer parecia um tatu, enfiado nos armparios para passar as mangueiras… ele trabalhou pra caramba.

Enquanto isso, fui a lavanderia da marina e levei toda roupa de cama, de banho e as nossas pra lavar… comprei tapetinhos novos para o Andante… e depois de todo serviço feito deixamos tudinho cheiroso e limpinho! Que delicia… agora nosso barco faz até água doce! Uhuuuuu!

Assista o video

CHEGADA EM ST. MAARTEN E ST. MARTIN

 

Saimos de St. Barth (aquela maravilha!)a no dia 06/02 às 11h e chegamos às 14h30 à St. Maarten, no lado Holandes da ilha. Bem, essa ilha tem 96 km² e está dividida pacificamente entre franceses e holandeses a mais de 300 anos. A parte holandesa, a que ficamos, tem como capital Phillipsburg e a parte francesa, Marigot.

Ficamos ancorados ao lado de fora da ilha e enquanto esperávamos o horário de abertura da ponte para adentrarmos ao Lagoon, fiz almoço para a familia, Andantes e Allegros. Comidinha brasileira, ás vezes dá uma saudade e lá vou eu… arroz e feijão, que combinação perfeita! E um franguinho refogado com muita cebola, azeite na mesa, farofinha yoki e pimenta dedo-de-moça curtida… Hummm!

A ilha possui um abrigo, como um lago bem protegido de ventos fortes e ondas, chamado Simpson Bay Lagoon, cheio de marinas para mega iates e para veleiros como o nosso também. Esse Lagoon é todo fechado e tem duas pontes móveis, uma do lado francês e outra do lado holandês que se abrem para a passagem de barcos 3 vezes por dia (no lado holandês), às 9h30, às 11h30 e às 16h30. Entramos no último horário e confesso que é emocinante ver essa ponte se abrir para gente passar… vejam o vídeo!

Fomos para a Lagoon Marina, o Dudu já estava lá com o veleiro Amazonas e fez reserva pra nós.

Veleiros Allegro e Andante a contrabordo, ficaram assim… juntinhos, parecia até um catamarã… eram os menores barcos da marina… rsrsrsrsrs, por aqui o pessoal só tem barcos grandes.

Bem, nem chegamos, já colocamos o Zé na água e fomos para o lado francês… de bote. É muito curioso… uma ilha… dois países, você passa de um lado para o outro em minutos e tudo muda, a lingua, a moeda, os costumes, a comida… é maluco!

Esse é o lado francês, uma graça, só falta fazer biquinho… rsrsrsrs. O melhor lugar pra se comer, ótimos restaurantes… comemos mariscos deliciosos e um tartar de filé divino… hummm!

Gente, a Lagoon Marina parece a embaixada brasileira, só tem brazucas andando por lá… perdi minhas esperanças de aprender falar inglês, quando digo toda faceira um – Good Morning! – recebo de volta um – Bom Dia! ahahahahah… é pra acabar!

Brasileirada reunida… conclusão! CHURRASCO!

Onde tem brasileiros, tem festa, sorrisos, gente feliz, muito bate-papo e descontração.

ST. BARTH–O CARIBE É AQUI!

 

Depois de 39h e meia, chegamos à St. Barth, sendo que 38h de vela e o restante no motor para a aproximação da ilha. A velejada foi ótima! Logo que chegamos, mal tinhamos terminado a ancoragem, já fomos abordados pela Guarda Costeira Francesa, muito educado, o oficial nos pediu que fossemos fazer a imigração o quanto antes… eles são organizados e tem controle sobre todas as embarcações que lá chegam. Então, pegamos nossos documentos e fomos, claro!

St. Barth é francesa, mas em 1784 a ilha foi vendida para Suécia, que a devolveu de graça, em 1877, pois sua manutenção era muito cara. Esses anos de gestão sueca deram o nome de Gustávia, a pequena cidade que chegamos, em homenagem ao Rei Gustavo III.

A ilha tem ótima infraestrutura, é parada obrigatória para vários e maravilhosos iates, são gigantes, muito maiores do que os que vemos no Brasil. A noite, estão sempre muito iluminados e podemos ver suas tripulações com uniformes impecáveis e sempre um segurança plantado no convés de cada um.

Gustávia é cheia de restaurantes, lojas de marcas famosas que apresentam em suas vitrines, o melhor da moda francesa com seus preços em euros pra me desanimar… putz! O lugar é glamuroso e cheio de turistas do mundo todo, encontramos uns brasileiros, mas como estar aqui é sinônimo de ser chique, eles não nos deram muita bola, mal sabem eles que quando acabar o pacote de viagem, eles tem que voltar e nós… podemos ficar o quanto quisermos… apesar de não sermos tão chiques… rsrsrs! É cada uma!

Ah… tenho uma história pra contar sobre essa âncora gigante. Geraldo Tollens Linck, quando esteve em St. Barth com o Plâncton, curioso que era, quis saber como essa âncora veio parar aqui e ele descobriu. Vamos lá…

Um rebocador que vinha da Ilha de St. Thomas, rebocando uma chata, reparou que durante o percurso de 120 milhas, o cabo de aço que ligava um ao outro permanecia submerso. Chegando em St. Barth perceberam que esta âncora gigante estava presa ao cabo de aço e foi trazida de St. Thomas. Ela devia estar no fundo do mar à uns 150 anos… e desde então se transformou em um monumento em Gustávia! No mínimo inusitado… não é mesmo? Afinal o tamanho da âncora realmente desperta curiosidade.

O mar aqui é muuuuito azul!

Bar aconchegante em Gustávia.

No outro dia, antes de sairmos do barco, fui lavar uma panela onde havia feito uma canjinha e como sobrou um pouquinho, fui jogar no mar, na popa do Andante… qual foi a minha surpresa… dei um grito – Fer tem um “tubarããããão” aqui, ele quase comeu na panela! – O Fer saiu correndo pra ver e vieram mais… eram cações, mas eu não quero nem saber. Dizem que a diferença entre os dois é – Quando a gente come, é Cação, quando ele come, é Tubarão!… ah tá que eu mergulho nessa água, nem por reza brava. Vai que o Cação queira virar Tubarão justamente no dia do meu mergulho… tô fora…rsrsrsrsrs.

Alugamos um Mini Cooper conversível pra conhecer a ilha, que luxo! Me sentia em um filme!

Dá uma olhada na pista do aeroporto… termina nesse mar azul.

Brazucas reunidos de novo… Bernando, Guilherme, Cris, Kiko, Eu, Fer e Daniel (Toddynho). Fico repetindo o apelido do Daniel pra ver se pega… rsrsrsrsrs.

O lugar é simplesmente demais! Visto lá do alto então…

Ter alugado esse carrinho charmosérrimo, fez o nosso passeio especial. Nós indicamos, vale à pena!

Passamos por estradinhas que dão a volta em toda a ilha, um passeio maravilhoso… bela vista, vento na cara, sensação de liberdade e curtição! Demais!

Paramos em praias deliciosas!

Mergulhamos em águas de vários tons de azul!

O Fer quer um carrinho desse! Rsrsrsrs.

A gente se esbaldou!

Mais praias… uhuuuuu!

A água é tão cristalina que podemos ver sua transparência através da onda.

Também caminhamos bastante… um belo e agradável exercício num dia lindo como esse.

No final da tarde paramos de novo ao lado do aeroporto pra ver os aviões pousarem nesta pista curta… é uma atração.

Esse avião, por duas vezes teve que arremeter… é mole!

Olha só… bem em cima das nossas cabeças… dá um meeeedo!

Preferi ficar olhando de um pouco mais distante! Eu hein!

Depois de um dia todo rodando, paramos nesse boteco que nos lembrou o Bar do Português.

Essa foto daria uma ótima propaganda de refrigerante, não é mesmo? Que fofa!

Outro bar legal…

Aqui também não aceitam cartão de crédito… igual ao Bar do Português de Bauru… rsrsrsrs. O negócio é andar com din din no bolso!

Um delicia andar pelas ruas estreitas e cheias de gente em Gustávia.

Bangunçando em St. Barth.

Em nossa ultima noite por aqui, saímos e fomos atraídos para uma restaurante por conta da música ao vivo de primeira qualidade. O som estava tão bom e como sempre não consigo ficar parada, mesmo sentada eu dançava. Os músicos me deram de presente dois CDs por conta da minha animação. Eheheheheh!

Foto acima – Christine Gordon

Foto abaixo – Dana Jared